ESG entra de vez nas prioridades das empresas de logística

Estudo aponta que imagem e reputação são as principais motivações para a adoção de práticas ESG

As empresas brasileiras estão cada vez mais conscientes da importância de incorporar critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) em suas estratégias de negócio. Mas quais são as principais motivações que levam as organizações a adotar essas práticas? Um estudo realizado pela consultoria KPMG em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) buscou responder essa questão.

A pesquisa, que entrevistou 100 executivos de empresas de diferentes setores e portes, revelou que a principal razão para investir em ESG é a melhoria da imagem e da reputação da empresa (citada por 86% dos respondentes), seguida pela redução de riscos (76%) e pelo aumento da competitividade (74%).

O estudo também mostrou que as empresas estão mais atentas aos aspectos sociais do que aos ambientais ou de governança. Entre os temas considerados prioritários pelos executivos, os mais citados foram diversidade e inclusão (80%), saúde e segurança dos colaboradores (78%), ética e integridade (76%) e desenvolvimento social (74%).

Entre os desafios para implementar uma agenda ESG, os executivos apontaram a falta de recursos financeiros (58%), a dificuldade de mensurar o retorno sobre o investimento (56%), a resistência cultural interna (54%) e a ausência de um marco regulatório claro (52%).

Para superar essas barreiras, o estudo sugere que as empresas devem adotar uma visão estratégica e integrada do ESG, envolvendo todas as áreas e níveis hierárquicos da organização, além de estabelecer metas claras e mensuráveis, alinhadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU.

O estudo também destaca que as empresas devem se comunicar de forma transparente e consistente com seus stakeholders sobre suas iniciativas e resultados em ESG, buscando construir confiança e engajamento com seus públicos de interesse.

Segundo os autores do estudo, o ESG deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade incontornável para as empresas que querem se manter competitivas e relevantes no mercado. Por isso, é fundamental que as organizações entendam as expectativas e demandas da sociedade em relação ao seu papel na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.